domingo, 22 de noviembre de 2009

“ O AMOR QUE TE TIVE...




“ O AMOR QUE TE TIVE...



eu vi a noite fazer malabarismos

e nos abismos a natureza inventar cumes,

as águas se manter calmas, cúmplices,

fazendo-se de espelho, do céu de azul prata;

mis sonhos se misturar a desilusões

e os olhos aprofundar na escuridão

em procura de rações, que se fizeram lágrimas.

eu vi a distancia se tornar infinito,

e o teu andar, rítmico, leve sensual

virar um torvelinho no espaço escuro perdido;

as nuvens do seu se posaram no meu olhar

e tuas ultimas palavras ficaram no ar, fluindo:

“ o amor que eu te tive, já não existe mais...”

e a minha tristeza, assustada, fugindo de dentro

lhe pareceu ver em teu rosto, uma mascara, doída,

tal vez ...., de pena..., virando um sorriso.

Lille/2009

VIDA LEVIANA



VIDA LEVIANA


oi moleca, senhora bandida,

a tua vida balança, perdida;

noite a noite em amores subindo...subindo

procurando estrelas,

arreganhando-te toda,

mostrando do corpo segredos;

sendo loba, louca, no cio

procurando machos

perdidos na nevoa, famintos,

chorando em gritos, versados;

procurando na escuridão

de alcatéias selvagens, teu macho.

senhora, moleca bandida

teus olhos se fecham sanguinolentos

com a luz radiante do dia

e aspiras e exalas, exalas e aspiras

vãos de perfumes falsos, e álcool;

descansando tu corpo surrado

nos lençóis de mil águas lavados;

em alguma cama que não é a tua,

e no teto, desenhos de estrelas e lua.



LILLE/2009