domingo, 13 de septiembre de 2009


ALMAS NUAS

Almas nuas...
Mais nuas que os corpos.
De olhos molhados
de verde pintados
de tanto olhar o mato.
De almas nuas
a espera de ser amados;
quase peixe
quase criança
de peito aberto de tantas
braçadas.
Meninos do rio
tua alma se dorme
quando vê a lua
e acorda na água
despejada a névoa.
Teus sonhos navegam
pirogas aléias.
Em teus olhos
se espelham milhares...,
infinitas estrelas.
Passeias no leito
do Tocantins em cheia;
Te acompanham
Os botos e arraias,
tucunaré e piranhas
e a cor de jambo
desse corpo enxuto
puro,
natural,
de animal selvagem,
eternamente molhado;
onde se reflexa a lua
e o dia se torna estrelado.
De açaí
faz
o rango
farinha d´água
com peixe
fritado,
descansas em rede
e
pelo Itacaiunas
voas no vento
da imaginação.
comandante
mirim
de um barco alado.
Que entre as nuvens
da Amazônia
navegas tua insônia
de borboleta
amarela;
em teu olhar as estrelas,
em teu sorriso
as lembranças
penduradas
em
quaradouros
de roupas
aléias.
Lille/2009

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